O
trabalho Emprego, Salário e Demanda Agregada: uma análise teórica e evidência
empírica, das professoras Maria de Fátima Garcia, Eliane Sbardellati e Mara
Lucy Castilho, da UEM, e Elisangela Luzia Araújo, da UEM, foi aceito e
apresentado na 10ª Conferência Internacional de Desenvolvimento em Economia
Teórica e Política. O evento, foi
realizado em Bilbao, Espanha, nos dias 27 e 28 de junho, foi promovido pela
University of the Basque Country (Spain) and the Cambridge Centre for Economic
and Public Policy , Department of Land Economy of the University of Cambridge
(United Kingdom). A UEM foi representada pela professora
Sbardellati.
As autoras explicam que “a atual crise do capitalismo, deflagrada em setembro
de 2008, a partir do episódio das hipotecas subprime, atingiu severamente a
economia mundial, suscitando, em muitas regiões, a adoção de medidas
antirrecessivas, particularmente as fundamentadas nas concepções neo (clássica)
do mercado de trabalho, como redução de gastos sociais e, inclusive salariais,
como mecanismos de incentivo ao emprego. Tais medidas pressupõem que salário e
emprego guardam entre si uma relação inversa de causalidade, concepção que foi,
contudo, superada por dois teóricos do século XX: John Maynard Keynes e Michael
Kalecki”.
“O primeiro inverteu a relação de causalidade entre salário e emprego admitida pelos clássicos, desarticulando seu esquema lógico-formal, provando ser este equivocado e, o segundo, reafirmou a inconsistência da relação entre salário e demanda agregada, a partir de uma nova interpretação teórica da referida relação. Tendo em conta essas perspectivas, o presente estudo faz uma análise da crise atual, notadamente, das medidas adotadas no seu enfrentamento, fazendo uma crítica à sua base teórica fundamental. Nesse propósito, utiliza-se de um estudo empírico que abrange o período compreendido entre 1990 a 2012, nos mercados de trabalho brasileiro e europeu, investigando a existência de uma possível relação de causalidade entre nível de emprego e salário. Os principais resultados encontrados sugeriram que a relação admitida pela teoria neoclássica não se sustenta, ou seja, uma queda salarial não leva ao aumento do nível de emprego”.
UEM
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