quinta-feira, 30 de maio de 2013

Seminário sobre a Avaliação da Pós-Graduação é aberto com a presença de mais de 200 pesquisadores






“O caminho a percorrer para o fortalecimento da pós-graduação no Paraná depende de muito trabalho e aporte de recursos para novas pesquisas e formação de recursos humanos”, sentenciou o diretor de avaliação da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) Lívio Amaral. Ele é um dos convidados de honra do 1º Seminário sobre a Avaliação da Pós-Graduação no Paraná, evento aberto no início da manhã desta quarta-feira (29/5), no câmpus da Universidade Estadual de Maringá.


Amaral falou diante de um auditório lotado, com mais de 200 pesquisadores, entre eles reitores e pró-reitores de pós-graduação das diferentes instituições de ensino superior do Paraná, além de representantes de agências de fomento e autoridades na área.

Debate conjunto
A proposta do evento, que seguiu durante todo o dia, foi justamente debater, em conjunto, a atual realidade da pós-graduação no estado. O diretor da Capes foi convidado para ajudar a pensar e a compreender o sistema de pós-graduação no Brasil, com foco especial no Paraná.

Nesse sentido, ele apresentou dados que constam no recém-publicado Plano Nacional de Pós-Graduação (PNPG) 2011-2020 e que tem como objetivo definir novas estratégias e metas para definição de propostas para política de pós-graduação e pesquisa no Brasil. Segundo o diretor da Capes, a expectativa é de que na próxima década, quando o plano estará em vigor, o país esteja entre os dez maiores produtores de ciência no mundo.

As assimetrias regionais da pós-graduação, que também são tema do Plano, estiveram presentes nos discursos de abertura do Seminário. O pró-reitor de Pesquisa e de Pós-Graduação da UEM, Mauro Ravagnani, coordenador geral do evento, salientou que é necessário tomar atitudes para elevar pós-graduação strictu sensu a patamares melhores dos registrados hoje. Segundo ele, um estado que se orgulha em ocupar o lugar de quinta maior economia do país, deveria ter a correspondência linear em um setor tão importante quanto a pesquisa, que pode inclusive alavancar a própria economia e a qualidade de vida de todos os segmentos da população. “Não se trata de achar culpados, mas assumir a proposição do que precisa ser feito”, explicou Ravagnani, destacando que foi com esse intuito que o Seminário foi pensado.

Estrutura diferenciada
Falando sobre a importância da pós-graduação na formação de recursos humanos e no desenvolvimento local, o reitor da UEM, Júlio Santiago Prates Filho, frisou que “não existe inovação sem conhecimento”. E lembrou que o Paraná tem uma estrutura diferenciada, na qual as universidades estaduais têm maior potencial científico do que as federais já que são em maior número.

A coordenadora de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Sueli Rufini, também destacou o sistema strictu sensu do Paraná, que hoje está estruturado  fortemente na rede estadual de ensino superior, que representa mais de 50% em toda a demanda, incluindo alunos, professores, número de bolsas. “A qualidade da pós-graduação no Paraná conta muito com o esforço e a estrutura das IES estaduais”, afirmou ela, apontando que os cursos strictu sensuprecisam de mais recursos para avançar nas avaliações da Capes. Sueli Rufini, que veio ao Simpósio representando o secretário da Seti, Alípio Leal, elogiou a iniciativa do evento e disse que ele é um marco na discussão de estratégias para melhoria do sistema, que ainda apresenta muitas carências, incluindo em termos de infraestrutura.

Sinergia
O presidente da Apiesp (Associação Paranaenses das Instituições de Ensino Superior Público), Aldo Nelson Bona, também enalteceu a iniciativa de se discutir a pós-graduação de forma conjunta, destacando que, hoje, o Paraná vive um momento favorável, com muitos setores trabalhando cada vez mais em sinergia. Fazendo referência a presença do diretor Lívio Amaral, Aldo Bona ainda destacou a importância de debater os rumos da pós-graduação no Paraná em sintonia com a Capes, que é a entidade que a avalia e ao mesmo tempo financia os programas.

Ao final do evento foi traçado um raio-x sobre o sistema da pós-graduação paranaense com apresentação dos pró-reitores de todas as universidades estaduais.

UEM

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