A Universidade Estadual de Maringá (UEM) sedia, na
próxima quarta-feira (29/5), o 1º Seminário sobre a Avaliação da Pós-Graduação
no Paraná. A proposta é reunir reitores e pró-reitores de pesquisa e
pós-graduação das diferentes instituições de ensino superior do estado para
debater, em conjunto, a atual realidade da pós-graduação no estado e, também de
maneira coletiva, encontrar formas para avançar nesse setor.
Mauro Ravagnani, atual pró-reitor de Pesquisa e de
Pós-Graduação da UEM, diz que o momento não é apenas oportuno para esse debate,
mas também necessário, considerando que, na comparação com outros estados
brasileiros, o Paraná tem um longo caminho a percorrer.
Vale lembrar que a pós-graduação strictu sensu no
Brasil, categoria que inclui cursos em nível de mestrado e doutorado, cresceu
em quantidade e em qualidade nos últimos três anos, segundo aponta a avaliação
mais recente realizada, em 2010, pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal
de Nível Superior (Capes), órgão ligado ao Ministério da Educação (MEC). Segundo
os dados divulgados pela própria Capes, nesse período houve aumento de 20,8%
dos cursos de pós-graduação oferecidos por instituições de ensino brasileiras.
Uma prova de que o aumento não foi apenas quantitativo é que, do total de cursos
analisados, 19% obtiveram conceitos mais altos em comparação aos recebidos na
avaliação anterior.
Esse crescimento em termos de desempenho foi
registrado inclusive na UEM, que teve elevação do conceito de três dos seus
quarenta programas de pós-graduação. A Universidade ainda detém um índice
importante, que vem se repetindo ao longo das últimas avaliações da Capes. É
que dos três programas com a nota 6 do Paraná, dois estão na UEM.
Mas para Ravagnani, ainda que esses números sejam
expressivos, há muito que avançar na UEM e no estado. O Paraná não tem nenhum
curso strictu sensu avaliado pela Capes com o conceito 7, que é a nota máxima.
No País são 112 programas com nota 7. “Somos o único do Sul do Brasil que não
possui programa com a nota máxima”, alerta o pró-reitor. Em contrapartida, o
Paraná é a quinta economia do País. No mínimo um contra-senso.
É justamente para tentar discutir esse quadro e
buscar soluções para os atuais problemas, que esse Simpósio foi pensado. O
entendimento é que a formação de competências, habilidades e a geração de
novos conhecimentos num processo contínuo de aprendizado de excelência pode,
inclusive, contribuir para novos saltos em termos de desenvolvimento econômico
dentro do Estado.
O tema já vem sendo alvo de debate no âmbito do
Fórum Nacional de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação, no qual Ravagnani é
vice-presidente.
Presenças confirmadas
O professor Lívio Amaral, diretor de Avaliação da
Capes, é um dos convidados dos organizadores do Simpósio. Ele falará, no período
da manhã, sobe a avaliação da pós-graduação no Brasil. Ainda durante a manhã,
haverá uma apresentação da professora Janesca Alban Roman, diretora científica
da Fundação Araucária, que falará sobre o fomento à pesquisa e à pós-graduação
no estado. No período vespertino, haverá uma breve apresentação de cada IES do
Paraná, seguida de um painel, no qual se discutirá alternativas para a criação
de novos programas e qualificação dos já existentes.
O evento é aberto a todos os interessados. Outras
informações pelo telefone (44) 3011-4518.
Serviço
1º
Seminário sobre a Avaliação da Pós-Graduação no Paraná
Data: 29 de maio
Local: Auditório Keshyiu Nakatani - Bloco G-90 - Nupélia
– câmpus sede da UEM
Hora: O evento terá início às 8h30 e segue até às 17h
Realização: Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da UEM,
com apoio do Fórum Nacional de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação.
UEM
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