Cerca de 1,5 mil professores da Universidade Estadual de Maringá (UEM) entraram em greve por tempoindeterminado na manhã desta terça-feira (21). A paralisação das atividades afeta cerca 10 mil alunos, de acordo com a Seção Sindical dos Docentes da UEM (Sesduem). A reivindicação é pela equiparação dos salários dos professores com o dos técnicos de nível superior das universidades estaduais do Paraná.
A adesão total dos docentes da UEM foi decidida em assembleia realizada em 16 de agosto e confirmada em nova reunião nesta terça-feira no Auditório do Dacese, no campus de Maringá. No início da manhã, alguns alunos foram para a aula, mas foram dispensados pelos professores, de acordo com a vice-presidente da Sesduem, Marta Belini.
Na segunda-feira (20), o projeto do reajuste salarial foi lido no plenário da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). Pela proposta, a equiparação dos vencimentos de professores e técnicos será feita em quatro anos, de outubro de 2012 a 2015, em parcelas de 7,14%. Para garantir uma aprovação rápida, haverá sessões extraordinárias ao longo do dia, a fim de apreciar a matéria em todas as votações necessárias. Além disso, eventuais emendas ao texto serão analisadas na hora, sem ser preciso o retorno às comissões temáticas.
Para a vice-presidente da Sesduem, o avanço nas negociações com o governo estadual pode antecipar o fim da greve na UEM e nas demais universidades estaduais que já paralisaram as atividades. No entanto, Marta explica que os grevistas precisam respeitar o intervalo de 48 horas desde a última assembleia para a realização de nova a votação para decidir pela retomada ou não do trabalho.
A Assembleia Legislativa do Paraná deve aprovar hoje a proposta de reajuste salarial de 31,73% prometida aos professores das universidades estaduais, que será aplicado em parcelas até 2015. Para isso, a base do governo vai usar todas as manobras regimentais possíveis para garantir a sanção do projeto ainda nesta semana, como forma de tentar evitar o início de uma greve da categoria. As assembleias que decidirão se haverá ou não paralisação serão realizadas até a próxima sexta-feira.
Em 21 de março deste ano, depois de um ano de negociações com a categoria e vários protestos dos professores, o governo prometeu enviar ao Legislativo até o dia 1.º de maio um projeto de lei que equiparasse o piso salarial de um professor universitário ao de um técnico de nível superior das universidades estaduais. Mas a promessa não foi cumprida na data prevista. O governo alegou que precisava equacionar as contas para não ultrapassar o limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). O Tribunal de Contas do Estado apontou que o governo extrapolou o limite neste ano. Mas os argumentos não foram aceitos pelos grevistas.
Ontem, o projeto do reajuste finalmente foi lido no plenário da Assembleia. Pela proposta, a equiparação dos vencimentos de professores e técnicos será feita em quatro anos, de outubro de 2012 a 2015, em parcelas de 7,14%. Para garantir uma aprovação rápida, haverá sessões extraordinárias ao longo do dia, a fim de apreciar a matéria em todas as votações necessárias. Além disso, eventuais emendas ao texto serão analisadas na hora, sem ser preciso o retorno às comissões temáticas.
Ontem, representantes dos sindicatos dos docentes das universidades estaduais de Ponta Grossa (UEPG), Maringá (UEM), Oeste (Unioeste) e do Centro-Oeste (Unicentro) estiveram em reuniões com a liderança do governo na Assembleia e com o chefe da Casa Civil, Luiz Eduardo Sebastiani, para pedir a celeridade na aprovação e sanção do texto. Porém, a decisão pela greve permanecerá até a realização denovas assembleias com os professores.
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