domingo, 23 de setembro de 2012

Deliberações: Reunião Ampliada do Centro Acadêmico de Economia



Na última sexta-feira (21), no auditório 13 do bloco-C34 (Economia), foi realizada a 2º Reunião Ampliada do Centro Acadêmico de Economia, que somada a 3 Assembleias Gerais de Curso, reavaliou o andamento da Greve dos Técnicos da Universidade Estadual de Maringá (UEM), a Conjuntura das I´es Públicas do Paraná e, em especial, a Greve (Paralisação) Estudantil do Curso de Ciências Econômicas da UEM.

Inicialmente, foram lidas as Notas publicadas no Blog do CAECO acerca da evolução da negociação entre o Governo do Paraná com os Comandos de Greve, bem como das conversas entre a Administração da UEM com a Comunidade Acadêmica.

Na sequência foram relembrados todo o andamento do Movimento iniciado em nosso Curso (ainda na quarta-feira (12), data em que os acadêmicos foram até a Reitoria cobrar da Administração uma postura clara em relação ao andamento das atividades acadêmicas, em particular das aulas). No mesmo dia, estudantes de Economia (do CAECO e do Comando de Greve do nosso Curso) em Vigília, permaneceram acordados em frente ao nosso bloco, garantindo assim, a sua segurança para que houvesse aula no dia seguinte. Na quinta-feira, cerca de 300 acadêmicos do Curso, passaram pela Assembleia Geral dos Estudantes, deliberando e apontando quais as condições mínimas para o andamento das atividades acadêmicas, foram levantadas quatro condições.

Destacamos, que o atendimento destes pontos levantados (condições mínimas) não estão submetidos ao fim da Greve dos Funcionários Públicos (Técnicos), ou seja, é possível, caso se apresente alternativas, o retorno às aulas, sem o término da primeira, que continuaremos defendendo como Legítima;

Destacamos, que a precaridade das aulas e o não atendimento das condições mínimas abrem possibilidades legais para a contestação de sua manutenção, uma vez que não atendem aos pressupostos primários do que se entende por aula e faz da nossa Universidade a melhor do Paraná e do nosso Curso, um dos melhores do Brasil.


A Assembleia também se colocou contrária terceirização dos serviços da Universidade, pois entende que chegamos ao patamar de reconhecimento que temos hoje, graças ao trabalho e empenho de todos os Funcionários Públicos (Professores e Técnicos) e Alunos. Em uma construção coletiva, todos são importantes, e ninguém está acima dessa coletividade. 

Além disso, a terceirização se apresenta como uma forma de privatização, não podemos nos esquecer que a UEM já foi paga e que hoje grande parte de sua Verba de Custeio já é financiada por recursos gerados internamente, que somada a falta de Infraestrutura (muitas Obras paradas), e reposição/expansão do quadro de Funcionárias, e a perca de Autonomia, criam um ambiente onde a necessidade de nossa unidade e Mobilização se colocam com urgência, não podemos ser lembrados como a Geração que assistiu de forma passiva a UEM ser Privatizada. O Curso de Economia, que deu Origem à nossa Universidade, sempre se destacou na sua Luta, desde a sua fundação e com os encontros marcantes no auditório DACESE, ainda na época da Ditadura Militar, em defesa de muitos dos direitos, que hoje todos nós temos acesso, e que as vezes não valorizamos no dia - dia. Muitos daqueles Estudantes, hoje fazem parte do corpo docente do nosso Departamento, ou já se aposentaram, caso, por exemplo, do nosso Patrono, Professor José James da SIlveira.

A discussão central é o modelo de Universidade que queremos, e devemos entender que as nossas atitudes neste momento vão ecoar e trazer consequências para o médio e longo prazo. O debate não pode ser superficial. As grandes conquistas que tivemos na UEM, como a gratuidade do Ensino (a UEM já foi paga), bem como o atendimento de algumas das Pautas do Movimento de Ocupação da Reitoria de 2011, foram resultado de um grande processo de Mobilização dos Estudantes, que entenderam e compreenderam que a sua unidade muda sim o rumo das coisas. 

1º) Entendemos que uma parcela dos acadêmicos do Curso pode não concordar com as deliberações tomadas desde a última sexta-feira (14), data em que foi deflagada a Greve Estudantil (Paralisação) dos Estudantes do nosso Curso, contudo, tanto o Centro Acadêmico, como, principalmente, as Assembleias Gerais de Curso possuem a competência de deliberação em nome de todos os dicentes de Ciências Econômicas da UEM, conforme aponta o Estatuto da Entidade. Os Centros Acadêmicos, bem como o Diretório Central dos Estudantes  -  DCE, são entidades estudantis com representação legítima e assegurada no Estatuto da Universidade Estadual de Maringá.

2º) No processo de Greve, muitas reuniões e Assembleias ocorrem na Universidade, nos mais variados horários, e nos nossos encontros estamos debatendo todas as suas discussões, tanto que nas ocasiões que falamos e pontuamos a nossa Greve Estudantil, a média de duração das conversas vem sendo de 2 horas. Desta forma, fica muito difícil resumir tudo em nossas Notas, ou em manifestações explicativas pelas redes sociais, por exemplo. O debate não pode ser superficial. 

3º) Em cada Assembleia de Curso, notamos a presença de alguns amigos e amigos  que vão pela primeira vez, onde ao participar desses encontros, eles entendem a necessidade da nossa Paralisação. Até o momento, todos os encaminhamentos foram tomados por unanimidade, e sentimos o apoio da grande maioria dos Estudantes do Curso no dia - dia, uma vez que a adesão ao Movimento de Paralisação vem sendo quase que total. Desta forma, reforçamos o convite para que todos compareçam nas Assembleias de Curso, que levem a sua voz, opinião e voto, e busque com nós, alternativas para que o retorno às aulas ocorra o mais rápido possível. Compreendemos que muitos não podem comparecer, por diversas razões, contudo, as redes sociais são espaços para que coloquemos nossas questões, além disso elas podem ser passadas aos que estão comparecendo nas Assembleias, contudo, o ideal é que você preserve o seu direito legítimo e compareça pessoalmente nas tomadas de decisões.

4º) É válido destacar que a Suspensão das Aulas feita pelo Departamento é reflexo da Mobilização do Estudantes, que felizmente, de maneira organizada, se recusam a ter aulas em condições precárias, que não atendem sequer as condições estabelecidas pela própria Universidade e pelo Ministério da Educação - MEC. Em muitos departamentos, os estudantes já tiverem neste processo, aulas em baixo de árvore, por exemplo, dentre outras situações que são lamentáveis e que estamos apresentando em nossas discussões. É claro, que o bom diálogo entre o Centro Acadêmico com o Departamento de Economia é fundamental neste momento, como vem sendo, uma vez que facilita o entendimento dos direitos de ambos os lados. Dos nossos Professores, que não estão em Greve e dos nossos alunos, que possuem o direito de terem aula com condições mínimas. É através deste ótimo canal de comunicação que estamos de maniera tranquila buscando alternativas de forma conjunta para retornarmos imediatamente às aulas.

DELIBERAÇÕES:

Diante da forte Mobilização dos Estudantes de Ciências Econômicas da UEM;

Diante da não garantia das condições mínimas apontadas pelos Estudantes de Ciências Econômicas da UEM na última Assembleia Geral de Curso;

Diante  das importantes reuniões que ocorreram na Universidade durante essa semana;

Diante da reunião formal do Departamento de Economia realizada quinta-feira (20) às 16h.


deliberou-se

1) Pela manutenção da GREVE ESTUDANTIL dos Estudantes de Ciências Econômicas da Universidade Estadual de Maringá, até que as condições mínimas para a realização das aulas sejam restabelecidas,

2) Reunião entre o CAECO/Comando de Greve com a Chefe do Departamento de Economia, marcada para a próxima segunda-feira (24), com o intuito de viabilizar, dentro daquilo que está ao alcance das competências e limitações do DCO as condições mínimas para o retorno às aulas,

3) Assembleia Geral do Curso de Ciências Econômicas da UEM, marcada para a próxima terça-feira (21), às 18h30 e 19h00 na presença de quorum mínimo para deliberações, em segunda chamada, em local ainda indefinido, tendo como Pauta, a Suspensão ou Manutenção da Greve Estudantil do nosso Curso.

Destacamos, que permanecemos em Greve tanto na segunda-feira (24) como na terça-feira (25).





Retorno às Aulas deve acontecer na próxima quarta-feira (26)
Na tarde da última sexta-feira (21) a Chefe do Departamento de Economia, Professora Rosalina Izepão e o Presidente do Centro Acadêmico de Economia, Rafael Crozatti, se reuniram com o intuito de encontrar meios para viabilizar o retorno das aulas para esta semana. Foram apontados os quatros pontos levantados em Assembleia, pelos acadêmicos.

Na próxima segunda-feira (24), em nova reunião, representantes do CAECO e do Comando de Greve de Economia irão se reunir com o DCO para viabilizarem as condições, e o retorno às aulas, ao que tudo indica deve ocorrer na próxima quarta-feira (26).

O diálogo entre o Centro Acadêmico com o Departamento de Economia, respeitando a autonomia de cada um, sempre se fez presente, o que resulta em avanço e benefício para o nosso Curso.

"No final deste processo, vamos concluir que na verdade, ganhamos aulas e não o contrário. Na prática, o que teríamos tido, era uma sala aberta, com um competente Professor lecionando (destacando que em muitos casos o Professor não estaria em sala). Contudo, o ensino vai além, muito além, precisamos de condições, como segurança, limpeza, alimentação e acesso a livros didáticos (dentre outros) e, principalmente, um ambiente que nos propiciei a compreensão plena do conteúdo a ser dado. Neste momento, estamos otimistas e tudo indica que as aulas voltem na próxima quarta-feira. Os Estudantes de Economia estão de Parabéns, pois mais uma vez se juntaram à Comunidade Acadêmica na Luta pela Universidade Pública, Gratuita e de Qualidade, e se recusaram a ter aulas que fugiriam, certamente, dos padrões estabelecidos pelo MEC e pela UEM".

Além disso, a necessidade de Paralisação se deu por intermédio de uma necessidade coletiva, que pensou no todo e no individual. Muitos, poderiam ter o retorno já na segunda-feira, ou até mesmo antes, contudo, devemos pensar enquanto classe de Estudantes e pensar em cada amigo e amiga, que o não atendimento das condições mínimos, inviabilizariam a sua vinda e acesso às aulas. A UNIÃO nossa: Estudantes, é benéfica e necessária, sempre, e para os desafios que virão.

Calendário Acadêmico
Como as aulas começaram mais cedo neste ano em relação ao ano passado, é possível uma flexibilização do calendário acadêmico, sem prejuízo aos acadêmicos, em especial os que irão se formar neste ano. Com a folga em dezembro, a reposição destas aulas ganhas, se dará ainda em 2012.


NESTE MOMENTO OS ACADÊMICOS DO CURSO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ, PERMANECEM EM GREVE.


Acadêmico de Economia, compareça na Assembleia da próxima quarta-feira, preserve o seu direito legítimo de participar das decisões do seu Curso e da sua Universidade. Foi desta forma, que o nosso Curso foi criado a 50 anos, e a a nossa UEM se tornou gratuita e a Melhor Universidade do Paraná!!!!

Centro Acadêmico de Economia José James da SIlveira (CAECO)
Comando de Greve do Curso de Ciências Econõmicas da Universidade Estadual de Maringá


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