* Em alguns Cursos a Greve Estudantil foi Suspensa*
Nota de apoio aos servidores
Carta a Comunidade UEM: ESTUDANTES EM
GREVE
Estimad@s Trabalhadores e Estudantes
da UEM,
Na última sexta-feira, os estudantes,
reunidos em Assembleia Geral, convocaram uma Greve Estudantil em apoio à greve
dos funcionários, sendo retirada uma proposta de que cada centro e entidade
poderia fazer sua própria assembleia discutindo a adesão à greve. Os motivos
que levaram, nós estudantes, a fazermos isso se dão através de dois momentos
distintos.
Num primeiro momento, as condições
que a greve impõe ao funcionamento da universidade não possibilita que possamos
ter aulas em condições normais. E não faria o menor sentido que encarássemos
essa situação culpando os servidores, tão importantes para o funcionamento da
nossa instituição. Parece-nos claro que, em uma situação como essa, é a
intransigência do governo do Estado, que mostra descaso, se recusando a atender
as reivindicações dos grevistas, que deve ser responsabilizado.
Em um segundo momento, mobilizações
como essa, mostram a todas as categorias da universidade, a verdadeira situação
precária para a qual, cada vez mais, estamos caminhando. Cada vez mais a
universidade pública é estrangulada financeiramente pelo governo do Estado, não
conseguindo, na maioria das vezes, nem arcar com suas próprias despesas. Isso
se reflete principalmente na precarização dos contratos de trabalho dos
funcionários públicos aqui lotados (tanto professores como funcionários), e no
progressivo abandono do primado da qualidade em função da economia e da
privatização. Para darmos um exemplo que demonstra bem essas duas questões,
basta relembrarmos que o quadro de funcionários públicos atual da universidade
há muito deixou de ser aumentado, mesmo com o aumento do número de cursos.
Muito pelo contrário. O número de funções dos funcionários públicos aumentaram,
enquanto o salário permanece o mesmo.
Para os estudantes isso se reflete
também nas condições de ensino que a universidade não nos proporciona. Cursos
novos sem salas de aula, sem laboratórios, sem professores. Ausência de uma
moradia estudantil (Casa do Estudante). Estrutura do R.U. insuficiente para
atender a demanda. Biblioteca insuficiente. Corte nas bolsas, e por aí vai.
A nossa mobilização, nesse momento da história da
UEM, é legítima e necessária. A universidade não só deve combater a sua
precarização e privatização, como deve sempre se mobilizar para exigir do
governo que condições melhores de estudo e de trabalho sejam implantadas. Para os
estudantes, se abster desse processo de mobilização que os funcionários
iniciaram, significa se abster de, de alguma forma, trabalhar para reverter
esse quadro, e isso em si já é um posicionamento político contra a universidade
pública, não importa como ele seja justificado.
Nesse momento estamos nos reunindo
nos nossos espaços de discussão: Centros Acadêmicos, Assembleias e Reuniões e
etc., e queremos,junto a professores e funcionários, construir uma grande pauta a ser exigida do
governo do Estado, que é o principal agente da privatização e da precarização
na nossa universidade. Estamos todos no mesmo barco, um barco cheio de buracos
e que , se não fizermos nada, vai aos poucos terminar de afundar.
Até o momento aderiram a GREVE (por
ordem de adesão): CTC - Umuarama, Educação Física, Economia, Arquitetura e
Urbanismo, Comunicação e Multimeios, Artes Visuais, Geografia, Centro de
Ciências Humanas, Centro de Ciências da Saúde.
via Movimente-Se UEM
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