quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Carta à Comunidade UEM (via Movimente-Se UEM)




* Em alguns Cursos a Greve Estudantil foi Suspensa*


Nota de apoio aos servidores

Carta a Comunidade UEM: ESTUDANTES EM GREVE

Estimad@s Trabalhadores e Estudantes da UEM,

Na última sexta-feira, os estudantes, reunidos em Assembleia Geral, convocaram uma Greve Estudantil em apoio à greve dos funcionários, sendo retirada uma proposta de que cada centro e entidade poderia fazer sua própria assembleia discutindo a adesão à greve. Os motivos que levaram, nós estudantes, a fazermos isso se dão através de dois momentos distintos.

Num primeiro momento, as condições que a greve impõe ao funcionamento da universidade não possibilita que possamos ter aulas em condições normais. E não faria o menor sentido que encarássemos essa situação culpando os servidores, tão importantes para o funcionamento da nossa instituição. Parece-nos claro que, em uma situação como essa, é a intransigência do governo do Estado, que mostra descaso, se recusando a atender as reivindicações dos grevistas, que deve ser responsabilizado.

Em um segundo momento, mobilizações como essa, mostram a todas as categorias da universidade, a verdadeira situação precária para a qual, cada vez mais, estamos caminhando. Cada vez mais a universidade pública é estrangulada financeiramente pelo governo do Estado, não conseguindo, na maioria das vezes, nem arcar com suas próprias despesas. Isso se reflete principalmente na precarização dos contratos de trabalho dos funcionários públicos aqui lotados (tanto professores como funcionários), e no progressivo abandono do primado da qualidade em função da economia e da privatização. Para darmos um exemplo que demonstra bem essas duas questões, basta relembrarmos que o quadro de funcionários públicos atual da universidade há muito deixou de ser aumentado, mesmo com o aumento do número de cursos. Muito pelo contrário. O número de funções dos funcionários públicos aumentaram, enquanto o salário permanece o mesmo.

Para os estudantes isso se reflete também nas condições de ensino que a universidade não nos proporciona. Cursos novos sem salas de aula, sem laboratórios, sem professores. Ausência de uma moradia estudantil (Casa do Estudante). Estrutura do R.U. insuficiente para atender a demanda. Biblioteca insuficiente. Corte nas bolsas, e por aí vai.

A nossa mobilização, nesse momento da história da UEM, é legítima e necessária. A universidade não só deve combater a sua precarização e privatização, como deve sempre se mobilizar para exigir do governo que condições melhores de estudo e de trabalho sejam implantadas. Para os estudantes, se abster desse processo de mobilização que os funcionários iniciaram, significa se abster de, de alguma forma, trabalhar para reverter esse quadro, e isso em si já é um posicionamento político contra a universidade pública, não importa como ele seja justificado.

Nesse momento estamos nos reunindo nos nossos espaços de discussão: Centros Acadêmicos, Assembleias e Reuniões e etc., e queremos,junto a professores e funcionários, construir uma grande pauta a ser exigida do governo do Estado, que é o principal agente da privatização e da precarização na nossa universidade. Estamos todos no mesmo barco, um barco cheio de buracos e que , se não fizermos nada, vai aos poucos terminar de afundar.
             
Até o momento aderiram a GREVE (por ordem de adesão): CTC - Umuarama, Educação Física, Economia, Arquitetura e Urbanismo, Comunicação e Multimeios, Artes Visuais, Geografia, Centro de Ciências Humanas, Centro de Ciências da Saúde.

via Movimente-Se UEM

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