Deliberações da Reunião do DCO (20) convergem com as tomadas em Assembleia Geral dos Estudantes do Curso
Ontem (20) às 16h00 o Departamento de Economia da UEM se reuniu pela segunda vez desde o início da Greve dos Técnicos da UEM, desta vez de forma formal. A Pauta única, foi o posicionamento e encaminhamentos por parte do DCO em relação as atividades acadêmicas do Curso, em especial, no que se refere as aulas.
Podem votar, todos os Professores lotados no Departamento, além de um Estudante, indicado pelo Centro Acadêmico, conforme determina o Estatuto da UEM e do CAECO.
Na Reunião de ontem, o destaque se deu pela presença de um grande número de acadêmicos do Curso, que estiveram lá para reafirmar o seu desejo pela volta das aulas, contudo, desde que com as condições mínimas, conforme debatido nas Assembleias de Curso.
No relato inicial, foi destacado todo o esforço realizado por parte do corpo discente de Economia para a manutenção das aulas e da Semana do Economista. Além, de apresentadas as condições mínimas, tiradas nos espaços de discussão dos acadêmicos.
Na sequência os Professores realizaram as suas falas. (Toda a avaliação da Reunião será feita hoje em nossa Assembleia)
Por 12x10 e 2 abstenções, foi determinada a suspensão das aulas até terça-feira (25), data em que o Departamento irá se reunir novamente e avaliar se há ou não condições para o retorno das atividades acadêmicas.
A deliberação veio de encontro com a defendida pelos Estudantes em Assembleia Geral (já foram realizadas 3 Assembleias, além de uma Reunião Ampliada do CAECO).
É válido destacar a preocupação dos Estudantes em relação à continuidade das aulas nas condições que estão colocadas. Como foi debatido ontem, nem mesmo a administração da UEM, até naquele momento havia dado garantias práticas que preservassem a manutenção da Qualidade do Ensino.
Destacamos, que o atendimento destes pontos levantados (condições mínimas) não estão submetidos ao fim da Greve dos Funcionários Públicos (Técnicos), ou seja, é possível, caso se apresente alternativas, o retorno às aulas, sem o término da primeira, que continuaremos defendendo como Legítima;
Destacamos, que a precaridade das aulas e o não atendimento das condições mínimas abrem possibilidades legais para a contestação de sua manutenção, uma vez que não atendem aos pressupostos primários do que se entende por aula e faz da nossa Universidade a melhor do Paraná e do nosso Curso, um dos melhores do Brasil.
1º) Entendemos que uma parcela dos acadêmicos do Curso pode não concordar com as deliberações tomadas desde a última sexta-feira (14), data em que foi deflagada a Greve Estudantil (Paralisação) dos Estudantes do nosso Curso, contudo, tanto o Centro Acadêmico, como, principalmente, as Assembleias Gerais de Curso possuem a competência de deliberação em nome de todos os dicentes de Ciências Econômicas da UEM, conforme aponta o Estatuto da Entidade. Os Centros Acadêmicos, bem como o Diretório Central dos Estudantes - DCE, são entidades estudantis com representação legítima e assegurada no Estatuto da Universidade Estadual de Maringá.
2º) No processo de Greve, muitas reuniões e Assembleias ocorrem na Universidade, nos mais variados horários, e nos nossos encontros estamos debatendo todas as suas discussões, tanto que nas 4 ocasiões que falamos e pontuamos a nossa Greve Estudantil, a média de duração das conversas vem sendo de 2 horas. Desta forma, fica muito difícil resumir tudo em nossas Notas, ou em manifestações explicativas pelas redes sociais, por exemplo. A discussão central é o modelo de Universidade que queremos, e devemos entender que as nossas atitudes neste momento vão ecoar e trazer consequências para o médio e longo prazo. O debate não pode ser superficial. As grandes conquistas que tivemos na UEM, como a gratuidade do Ensino (a UEM já foi paga), bem como o atendimento de algumas das Pautas do Movimento de Ocupação da Reitoria de 2011, foram resultado de um grande processo de Mobilização dos Estudantes, que entenderam e compreenderam que a sua unidade muda sim o rumo das coisas.
O nosso Curso de Economia, que deu origem à UEM, é exemplo de Luta e Mobilização, desde o primórdio os nossos alunos já se reuniam no auditório DACESE, ainda na época da Ditadura Militar, em defesa de muitos dos diretitos, que hoje todos nós temos acesso, e que as vezes não valorizamos no dia - dia. Muitos daqueles Estudantes, hoje fazem parte do corpo docente do nosso Departamento, ou já se aposentaram, caso, por exemplo, do nosso Patrono, Professor José James da SIlveira.
3º) Em cada Assembleia de Curso, notamos a presença de alguns amigos e amigos que vão pela primeira vez, onde ao participar desses encontros, eles entendem a necessidade da nossa Paralisação. Até o momento, todos os encaminhamentos foram tomados por unanimidade, e sentimos o apoio da grande maioria dos Estudantes do Curso no dia - dia, uma vez que a adesão ao Movimento de Paralisação vem sendo quase que total. Desta forma, reforçamos o convite para que todos compareçam nas Assembleias de Curso, que levem a sua voz, opinião e voto, e busque com nós, alternativas para que o retorno às aulas ocorra o mais rápido possível. Compreendemos que muitos não podem comparecer, por diversas razões, contudo, as redes sociais são espaços para que coloquemos nossas questões, além disso elas podem ser passadas aos que estão comparecendo nas Assembleias, contudo, o ideal é que você preserve o seu direito legítimo e compareça pessoalmente nas tomadas de decisões.
4º) É válido destacar que a Suspensão das Aulas feita pelo Departamento é reflexo da Mobilização do Estudantes, que felizmente, de maneira organizada, se recusam a ter aulas em condições precárias, que não atendem sequer as condições estabelecidas pela própria Universidade e pelo Ministério da Educação - MEC. Em muitos departamentos, os estudantes já tiverem neste processo, aulas em baixo de árvore, por exemplo, dentre outras situações que são lamentáveis e que estamos apresentando em nossas discussões. É claro, que o bom diálogo entre o Centro Acadêmico com o Departamento de Economia é fundamental neste momento, como vem sendo, uma vez que facilita o entendimento dos direitos de ambos os lados. Dos nossos Professores, que não estão em Greve e dos nossos alunos, que possuem o direito de terem aula com condições mínimas. É atráves deste ótimo canal de comunicação que estamos de maniera tranquila buscando alternativas de forma conjunta para retornarmos imediatamente às aulas.
Centro Acadêmico de Economia José James da SIlveira (CAECO)
Comando de Greve do Curso de Ciências Econõmicas da Universidade Estadual de Maringá
"Quem Ama a UEM, Luta por ela"
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