No último dia
7 (quinta-feira) a Prefeitura de Maringá realizou no auditório Hélio
Moreira uma Audiência Pública para tratar de mudanças no Plano Diretor da
cidade.
Pouco
divulgada e realizada em dia e horário que inviabiliza a participação da
população maringaense, o espaço que deveria ser democrático se apresentou
mais uma vez como um desfile de funcionários da Prefeitura, em especial dos que
possuem cargos comissionados. Evidentemente, que outros setores da sociedade
maringaense estiveram presente, ainda que em menor número.
Ainda que o
objeto da reunião não tenha sido a Transposição da UEM, embora o Edital de
convocação possibilite este entendimento, a participação da comunidade
acadêmica é natural e de direito, uma vez que antes de tudo seus componentes
são cidadãos e cidadãs maringaenses e se
preocupam com o destino da nossa cidade, avaliando todas as externalidades das
alterações propostas pelo poder Executivo, no caso da Audiência em questão.
A Prefeitura
de Maringá, lamentavelmente, não traz muita credibilidade quando o assunto é a
Transposição da UEM, tendo
em vista que em 2012, em especial, no
segundo semestre a Universidade voltou a começar debater o projeto de
Transposição encaminhado pela Gestão do então Prefeito Silvio Barros
II. Ainda assim, em desrespeito às negociações que buscam uma
solução consensual que estão em andamento entre a UEM, a comunidade e a
Prefeitura, a última propôs em Conferência Municipal um projeto de
alteração da Lei 886/2011 sobre Diretrizes Viárias, que cortaria a UEM
com prolongamento de vias em três pontos:
1) nas avenidas Duque de
Caxias/Lauro Werneck;
2) na avenida Herval/Demétrio
Ribeiro;
3) e entre o Hospital Universitário
e a área da Agronomia, com prolongamento da Rua Ametista.
Esse projeto rasgaria a Universidade e obrigaria a demolição de algumas
edificações, além o caráter de campus tal qual nós conhecemos atualmente,
devido à enorme quantidade de veículos que passaria pela UEM todos os
dias.
Diante deste cenário o Diretório Central dos Estudantes procurou mobilizar os estudantes para participarem desta discussão, tanto em 2012 como na Audiência Pública do dia 7 deste mês.
O Centro Acadêmico de Economia compreende a sua responsabilidade de se fazer presente em matérias desta natureza, colocando como norte de sua atuação a defesa da Universidade e de Maringá, desta forma, acompanha de perto e participa desta mobilização, estando presente em todos os espaços de discussão e deliberação.
Na última Audiência Pública não foi diferente, o CAECO esteve presente, defendendo a participação popular, desta forma, entendemos que tais espaços deveriam ser amplamente divulgadas e realizados em dia e horário adequado, o que mais uma vez não ocorreu. Em relação a Transposição da UEM, o CAECO defende um debate aberto, transparente e democrático com a comunidade acadêmica e externa. Não partimos de um "sim ou um não", pois entendemos que a resposta será obtida após esse amplo debate.
Em relação as declarações do Procurador do município que desafiou os representantes
da UEM, tratando-os de forma desrespeitosa e dizendo “esse pessoal da UEM é
recalcado”, apenas lamentamos. Nossa atuação se dará, como sempre, no campo das
ideias e do debate democrático.
Parabéns a comunidade que demonstrou estar mobilizada.
Parabéns a comunidade que demonstrou estar mobilizada.
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