sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Jornada de Pedagogia debate Educação Básica em abertura no Nead




O professor da Universidade Federal Fluminense (UFF), Celso José da Costa, abriu, na noite de ontem (24), a 2ª Jornada do Curso de  Pedagogia a Distância da UEM, no Núcleo de Educação a Distância (Nead). Ele pediu mais "engajamento" da sociedade para melhorar a Educação Básica no Brasil. Segundo ele, existe um "fosso" entre os resultados da pesquisa e da Educação Básica que pode ser diminuído com mais ênfase na formação de professores. 

Celso José Costa, da UFF, em palestra no Nead


"O desafio da formação de professores para a educação básica é enorme", classificou. Até 2014, será necessário investir R$ 1,08 bilhão para formar 332 mil professores no país. Quase metade desse grupo (46%) estudará a distância.

Celso José da Costa é matemático. Foi coordenador do Curso de Licenciatura em Matemática a Distância da UFF, relator da comissão que criou a Universidade Aberta do Brasil (UAB) e diretor de Educação a Distância da CAPES.
Esta edição da jornada, com mais de 1,5 mil inscritos, traz à tona esse e outros importantes temas para pedagogos em 38 minucursos, como a violência nas escolas e tecnologias da educação. As aulas são transmitidas aos participantes via web.

No evento de abertura, o coordenador do curso de Pedagogia a Distância, professor Jorge Cantos, e a Diretora do Nead, professora Maria Luisa Furlan Costa, exaltaram os avanços da jornada, que registrou o dobro de inscritos, em relação ao ano passado. Destacaram, ainda, a importância da integração entre os cursos ofertados na modalidade a distância e presencial. Os estudantes acompanharam a abertura na plateia ou ao vivo, pelo sistema de webconferência, nos 22 polos espalhados pelo Paraná.  

Básico X pesquisa
"A educação (básica) é a prima pobre", considerou Costa, comparando-a com a pesquisa nacional. "Apesar de o Brasil ser o 13° em pesquisa no mundo, ser o 50° na educação é um fosso", completou. Segundo o docente, houve um salto no desenvolvimento científico, que começou na década de 1950, graças à Capes e ao CNPQ. 

Os esforços para acelerar o desenvolvimento da educação, porém, são mais novos, como  o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid) e o Programa Universidade Aberta do Brasil (UAB), da Capes, e o Plano Nacional de Educação, que vigorará entre 2011 e 2020.

O plano tem pontos "exequíveis" e "utópicos", segundo o professor. Ele ressaltou, contudo, o benefício da utopia à sociedade. Um exemplo de passo possível do PNE é ter 75% de mestres e doutores no Ensino Superior. Já a Meta 17, de valorizar o magistério, pode esbarrar no orçamento apertado dos governos. Para elevar os salários dos professores em R$ 1 mil, calculou, seria preciso que a participação da educação no PIB saltasse dos atuais 6% para 12%.

Ele lembrou, no entanto, que tramita no Congresso projeto de lei que amplia esse percentual para 10%. O dinheiro extra sairia do recebimento de royalties da exploração de petróleo do Pré-Sal. "(para ser um bom professor), Só a vocação não nos leva a frente (...) Precisamos gostar e conhecer mais do que temos que ensinar, e gostar de ensinar".

Na abertura da Jornada de Pedagogia, o reitor foi representado pela pró-reitora de Ensino, Ednéia Regina Rossi. Também participaram da cerimônia: a diretora do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCH), Nerli Nonato Ribeiro Mori; o chefe do Departamento de Fundamentos da Educação, professor Henrique Manoel da Silva; a professora Tânia dos Santos Alvarez da Silva, representante da chefia do Departamento de Teoria e Prática da Educação; a coordenadora do curso de Pedagogia presencial do câmpus-sede, professora Heloisa Toshie Irie Sato; e a coordenadora do curso de Pedagogia presencial do câmpus de Cianorte, professora Eloisa Elena Silva.



Na sexta-feira (26), a professora do programa de Doutorado em Educação da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Gláucia da Silva Brito, encerra a jornada com palestra sobre a tecnologias na educação.


via UEM

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