As universidades estaduais e o Instituto Agronômico do Paraná (Iapar)
receberão R$ 15,8 milhões, do Fundo Paraná, para investimentos em
infraestrutura e pesquisas. Os convênios foram assinados na sede da Secretaria
da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, nesta terça e na quarta-feira (15 e
16). O secretário Alípio Leal destacou que os recursos são fundamentais para
melhorar o desempenho do ensino, em todos os níveis. “Também serão reforço às
atividades de pesquisa e inovação, possibilitando que as metas de governo sejam
cumpridas”, afirmou. As universidades receberão, a partir da próxima semana, R$
12,8 milhões do Fundo Paraná, para aplicação em 12 projetos de pesquisa e para
melhorar a infraestrutura.
A UEM vai receber recursos para readequar as instalações do Restaurante
Universitário, em Maringá, e para o restaurante do câmpus de Umuarama. O
campus-sede receberá R$ 1.135.000,00 e Umuarama R$ 820.000,00. Segundo o reitor
da UEM, Julio Santiago Prates Filho, “essa é uma reivindicação de toda a
comunidade universitária, porque os restaurantes universitários atendem
servidores, alunos e até professores”. Ele assinou o convênio com a Seti nesta
quarta-feira (16), ao lado do secretário Alípio Leal e do o assessor de
Planejamento do Ensino Superior da Seti e ex-reitor da UEM,
Décio Sperandio (foto).
A Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), a Universidade
Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) e Universidade Estadual de Maringá (UEM)
tiveram dois projetos assinados cada. A maioria diz respeito à construção de
infraestrutura para os campi dessas instituições de ensino. O Fundo Paraná
ainda vai proporcionar melhorias na Clínica Veterinária de Grandes Animais da
Unicentro; conclusão do bloco administrativo do campus Toledo, da Unioeste, que
também vai construir instalações para o Instituto de Pesquisa em Aquicultura
Ambiental.
Na Universidade Estadual de Londrina, serão construídas a Clínica Odontológica
Universitária e a Clínica de Especialidades Infantis. Os recursos também serão
usados como contrapartida em projetos de implantação e consolidação de
infraestrutura de pesquisa.
Pesquisa – Na
área acadêmica, um dos projetos da Unicentro pretende gerar um protótipo de
célula fotovoltaica para geração de energia solar. Na Universidade Estadual de
Ponta Grossa (UEPG), o projeto aprovado faz parte de pesquisa sobre uma
estratégia cirúrgica para o tratamento de diabetes tipo 2. Na Universidade
Estadual do Norte do Paraná, será montado um núcleo de estudos de agroecologia,
que inclui capacitação continuada de professores da educação básica e a
expansão do Programa Paranaense de Certificação de Produtores Orgânicos.
O projeto do Iapar “Produção de Sementes Genéticas e Básicas para o
Desenvolvimento da Agropecuária Paranaense” receberá R$ 3 milhões. Para o
diretor-presidente do Iapar, Florindo Dalberto, o projeto possibilita a
modernização do sistema agropecuário. “Com os investimentos realizados será
possível dar as respostas para alcançar as metas de governo, com a promoção da
inovação, com sustentabilidade”, disse.
Recursos – O
Fundo Paraná apoia programas e projetos de pesquisas institucionais, vinculados
ao desenvolvimento científico e tecnológico do Estado, que atendam aos
critérios e normas definidas na Política Estadual de Desenvolvimento Científico
e Tecnológico (PDCT). O Fundo Paraná é administrado pela unidade gestora,
vinculada à Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
O fundo é formado por 2% da receita tributária estadual. Por lei, os
recursos são distribuídos até o limite de 50%, a programas e projetos
estratégicos de órgãos e entidades públicas e privadas. Do restante, até 30%
são aplicados na Fundação Araucária, para o fomento a projetos individuais de
pesquisa científica, à formação de recursos humanos e à instalação de
instituições científicas públicas e privadas; e até 20% são aplicados no
Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) para a certificação de produtos e o
apoio a projetos de desenvolvimento tecnológico.
Esporte - Os
secretários do Esporte, Evandro Rogério Roman, e da Casa Civil, Luiz Eduardo
Sebastiani, também participaram da reunião mensal do (Cruep). Eles
divulgaram informações sobre o andamento da Rede Seti Esporte – iniciativa que
visa à participação das universidades estaduais no Sistema Esportivo Estadual,
com o objetivo de integrar iniciativas relacionadas à atividade física, saúde,
qualidade de vida e esportes em suas diversas manifestações, além de estimular
e coordenar parcerias com secretarias, instituições ligadas à Copa do Mundo
2014 e as Olimpíadas e Paraolimpíadas 2016.
A Rede Seti Esporte foi criada no início deste ano, por determinação do
secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, e é composta por uma
coordenação na própria secretaria e um conselho consultivo formado por
profissionais de Educação Física que atuam nas IEES.
“Com esse projeto estamos mudando a história do esporte no Paraná”,
afirmou Alípio Leal. O objetivo é de que a rede, com a participação das
universidades, passe a ser um programa de Estado e não apenas de governo.
“Daremos exemplo com a gestão pública do esporte e estaremos entre os
cinco estados brasileiros que mais aproveitarão o legado esportivo deixado
pelos grandes eventos que serão realizados no Brasil”, disse o secretário do
Esporte, Evandro Rogério Roman. Ele ainda parabenizou o grupo pelos
resultados alcançados e pelo envolvimento das universidades e informou sobre a
criação de 13 escritórios regionais que funcionarão nas instituições estaduais
de ensino superior. “Os principais laboratórios estão nas universidades, assim
como os mestres e doutores que poderão contribuir para a definição da política
esportiva estadual”, concluiu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário