Os vereadores que fazem parte da Comissão de Finanças e Orçamento (CFO) da Câmara Municipal de Maringá (CMM) devem preparar uma nova proposta de revogação dos “super salários”. A informação foi dada pelo presidente da CFO, Carlos Sabóia (PMN), em entrevista à RPC TV Maringá na terça-feira (15).
No entanto, a pressão exercida pela comunidade fez com que alguns parlamentares revissem o posicionamento, o que levou a Casa a votar uma revogação, em 10 de maio. A proposta, porém, foi rejeitada, com sete votos favoráveis e outros sete contrários - eram necessários pelo menos oito votos favoráveis para que fosse aprovada.
A decisão dos vereadores de manter o aumento dos salários gerou uma onda de protestos vindos da população e encabeçados pelo movimento “$uper$alários Não, Revogação Já!”. Nesta terça, eles preparavam nova mobilização, mas cancelaram já que conseguiram se reunir com os três vereadores que integram a CFO - Humberto Henrique (PT), Belino Bravin (PP) e o próprio Carlos Sabóia (PMN).
Na reunião, Sabóia se comprometeu a mobilizar os outros vereadores e a receber entidades que são contra o aumento dentro de, no máximo, 15 dias. “A comissão está disposta a rever o posicionamento. Com relação a valores, não quero me adiantar, porque prefiro que venha de um diálogo entre a comissão, os vereadores e as entidades”, afirma.
Confira: Nota de Repúdio: a Lei Municipal 12184/2011 e 12185/2011, aprovada pela Câmara Municipal de Maringá
Reajuste polêmico
A nova remuneração dos parlamentares aprovada em 2011 e válida para a próxima legislatura (2013-2016) passa de R$ 6,3 mil para R$ 12 mil. A medida também beneficia secretários municipais, o vice-prefeito e o prefeito – este último terá aumento no salário de R$ 17,3 mil para R$ 25 mil (elevação de 44%), maior até do que o subsídio pago atualmente ao prefeito de São Paulo (SP).
O aumento dos salários foi aprovado em regime de urgência na sessão de 17 de novembro. A proposta foi aprovada em primeira discussão por dez votos a três. No mesmo dia, a matéria recebeu novo parecer favorável durante sessão extraordinária.
Na ocasião, Humberto Henrique (PT),Manoel Sobrinho (PCdoB) e Mário Verri (PT) votaram contrários ao reajuste. Marly Martin (PPL) não esteve presente na sessão e declarou que era contrária ao valor de reajuste aprovado.
Revoltados com o aumento, internautas se mobilizaram e em 48 horas chegaram a coletar mais de 1,4 mil assinaturas, que seriam encaminhadas ao prefeito. O movimento, chamado de “$uper $alário Não, Revogação Já!”, ganhou o apoio de várias entidades.
O grupo de oposição também apresentou um projeto de lei para revogar o reajuste, mas o processo foi
indeferido após parecer da procuradoria jurídica da Câmara.
O grupo de oposição também apresentou um projeto de lei para revogar o reajuste, mas o processo foi
indeferido após parecer da procuradoria jurídica da Câmara.
Fonte: Gazeta Maringá
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