Foi realizada, na última segunda-feira
(11), no Palácio do Iguaçu, a solenidade de entrega da 26ª edição do Prêmio
Paranaense de Ciência e Tecnologia. Na ocasião, o professor Jesuí Vergílio
Visentainer, da Universidade Estadual de Maringá, foi premiado na Categoria
Professor-Pesquisador pela área de Ciências Exatas e da Terra. O prêmio é
organizado anualmente pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
do Paraná (Seti).
Visentainer é “prata da casa”, tendo se graduado em Química pela UEM em 1982. Desde então vem construindo um currículo invejável. Para o pesquisador o prêmio concedido pela Secretaria de Estado da Ciência Tecnologia e Ensino Superior tem um significado importante. Não só pelo reconhecimento do seu trabalho científico, mas principalmente porque valoriza a pesquisa dentro das universidades do Paraná. “É graças ao incentivo à pesquisa e à concessão de bolsas, que muitos acadêmicos têm conseguido manter-se na universidade”, salientou o químico maringaense, referindo-se aos inúmeros bolsistas que já orientou. Ele cita um caso recente, em que um graduando o procurou para saber se havia um projeto com bolsa, porque sem essa ajuda seria obrigado a deixar a universidade. O professor concedeu a bolsa e o projeto em que o acadêmico se envolveu acabou levando-o à pós-graduação, que ele concluiu com destaque. Hoje ele já está no mercado, dando sua parcela de contribuição à sociedade.
Visentainer é “prata da casa”, tendo se graduado em Química pela UEM em 1982. Desde então vem construindo um currículo invejável. Para o pesquisador o prêmio concedido pela Secretaria de Estado da Ciência Tecnologia e Ensino Superior tem um significado importante. Não só pelo reconhecimento do seu trabalho científico, mas principalmente porque valoriza a pesquisa dentro das universidades do Paraná. “É graças ao incentivo à pesquisa e à concessão de bolsas, que muitos acadêmicos têm conseguido manter-se na universidade”, salientou o químico maringaense, referindo-se aos inúmeros bolsistas que já orientou. Ele cita um caso recente, em que um graduando o procurou para saber se havia um projeto com bolsa, porque sem essa ajuda seria obrigado a deixar a universidade. O professor concedeu a bolsa e o projeto em que o acadêmico se envolveu acabou levando-o à pós-graduação, que ele concluiu com destaque. Hoje ele já está no mercado, dando sua parcela de contribuição à sociedade.
Carreira
Doutor em Ciência de Alimentos pela Universidade Estadual de Campinas, com
pós-doutorado pela Laval University Agri-Food, no Canadá, o pesquisador iniciou
sua carreira de docente na UEM em 1986.
Nos últimos anos, publicou mais de 200 artigos científicos, quatro livros e
seis capítulos de livros. Sem contar as publicações em anais e apresentações em
congressos, que ultrapassam a marca de 780.
Além desses números expressivos, a liderança científica de Visentainer na área
de ciência de alimentos é demonstrada de outras formas. É bolsista de
produtividade em pesquisa do CNPq nível 1B e suas pesquisas já geraram oito
solicitações de patentes, tendo rendido também outras premiações relevantes.
Entre os pedidos de patente, um está relacionado ao desenvolvimento de uma
fonte de ionização e dessorção de amostras para análise por espectrometria de
massas. Trocando em miúdos, é um dispositivo inédito, sensível e portátil, que
promete simplificar e baratear a análise dos componentes químicos presentes em
uma amostra de material. A inovação foi considerada tão marcante e criativa
que, no ano passado, mereceu a capa da revista científica Analyst, da Royal
Chemical Society.
O campo de atuação do pesquisador está relacionado, principalmente, ao
doseamento dos constituintes lipídicos, ácidos graxos, fitosteróis e
antioxidantes. Atua ainda na manipulação de ácidos graxos funcionais em animais
e desenvolvimento de instrumentação analítica para análises de componentes
bioativos em alimentos.
Prêmio
O Prêmio Paranaense de Ciência e Tecnologia, criado em 1986 pelo governador
José Richa, contempla, a cada ano, em sistema de rodízio, duas grandes áreas do
conhecimento. Nesta
edição foram escolhidas as Ciências Exatas e da Terra e Ciências da
Saúde.
A iniciativa faz parte das ações da Seti para valorizar produções científicas,
contemplando cinco categorias: professor-pesquisador;
pesquisador-extensionista; inventor independente; estudante de graduação; e
jornalista.
A premiação consiste em diploma e valor com base no salário do
professor-titular em regime de dedicação exclusiva, incluindo a gratificação de
incentivo à titularidade de doutor, da carreira do magistério público do ensino
superior do Estado.
Durante a solenidade de entrega do prêmio, o secretário João Carlos Gomes disse
que as universidades estaduais do Paraná são responsáveis pela maior parte da
produção científica do estado, em decorrência do nível de excelência de seu
quadro de pessoal, em sua maioria mestres e doutores, com formação nas melhores
instituições do país e do exterior. “Esta solenidade marca uma iniciativa do
Governo do Estado do Paraná voltada para destacar e mostrar o reconhecimento
social acerca da carreira profissional de pesquisadores, do desempenho
acadêmico de estudantes e da capacidade criativa de inventores independentes”,
afirmou o secretário.
O vice-governador Flávio Arns destacou a importância da educação no
desenvolvimento e na produção do conhecimento. “Quando se pensa em ciência e
tecnologia não podemos esquecer que o processo é consequência do investimento
em educação. Pelo ensino superior temos a possibilidade de mudar a realidade e
com investimento em ensino, pesquisa e extensão produzimos o conhecimento que
transforma e valoriza o cidadão. O nosso sistema juntamente com a Universidade
Federal do Paraná, a Universidade Federal Tecnológica, o Instituto Federal, a
Pontifícia Universidade Católica do Paraná, e a rede privada de ensino superior
contribui de modo efetivo para o desenvolvimento social, econômico e
tecnológico do Paraná ”, salientou Arns.
A coordenadora de Ciência e Tecnologia da Seti, Sueli Rufini ressaltou que o
trabalho dos pesquisadores que participaram do Comitê de Avaliação do 26º
Prêmio Paranaense de Ciência e Tecnologia. “São profissionais que atuam com
pesquisa e estão vinculados aos melhores Programas de Pós-Graduação do país,
que avaliaram uma grande quantidade de trabalhos inscritos. De todos os prêmios
destinados a professores e acadêmicos deste ano apenas um não foi para uma
universidade estadual”, acrescentou a coordenadora.
Para o reitor Júlio Santiago Prates Filho, que prestigiou a cerimônia em
Curitiba, a premiação do professor Jesuí Visentainer reflete a competência dos
pesquisadores da UEM e evidencia a excelência da instituição nas áreas de
pesquisa, pós-graduação e inovação tecnológica. Na avaliação dele, toda a
comunidade universitária está de parabéns, porque a premiação também é fruto do
trabalho em equipe, em que cada servidor, docente e agente universitário,
contribui com o seu conhecimento e dedicação. Ele ainda enalteceu o papel dos
estudantes nesta contribuição, uma vez que eles, por meio do envolvimento em
trabalhos de iniciação científica, ajudam a elevar o reconhecimento sobre a
importância da ciência e da tecnologia e sua aplicação na vida dos cidadãos.
UEM
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